sábado, 11 de julho de 2009

GAIVOTAS - quero aprender a vor mais alto

LIBERDADE – A OBRA DE VOAR E O COMANDO DE VOO

Se a pessoa sente aquela voz interna clamando por transformações, são os anseios que estão aspirando se desvendar: são a cobiça por estar bem, por sentir-se exultante, a aspiração de sentir-se prazeroso, extraordinário, realizador.

Esta transformação inusitada, nenhuma pessoa sente idêntico. Cada indivíduo tem os seus “presságios” apenas seus. Uns são envolvidos por inquietudes, ansiedades, insatisfações/satisfações. Alguns têm mais temores, imprecisões, e às vezes chegam a sentir dores físicas e psíquicas.

Assim sendo, romper fronteiras tem a ver com voar, abrir asas, ir além da subordinação. Assim são as gaivotas. Eu conheço uma gaivota especial.
A disposição de voar é própria, particular e singular. “A gaivota irreverente que conheço, sem qualquer constrangimento ou arrependimento, numa total fuga ao compromisso do envolvimento, negando o exercício do contato, ímã para a afetividade, efetividade dos relacionamentos e resultados, ama voar. Por outro lado, controlar o voo é tão extraordinário quanto determinar-se a voar. A aparência, pouco importa aos outros, inclui apenas com aquela coisa que você espera de si. Olhando a natureza, aprendemos com as gaivotas como fazer.

Enquanto o convite para compartilhar, aprender e desfrutar da parceria deste voo com esta experiente gaivota não chega, eu vou tentando sempre expressar o que acredito.

Pesquisei sobre gaivotas: - “quando chove forte, elas ficam todas na areia e – sabe-se lá porque – de costas para o mar. Todas, na mesma posição, imóveis, como um grande exército de chumbo. Ou seria de costas para o vento e a chuva? Não sei, não entendo nada de gaivotas.” Mário Prata

O mais interessante nas gaivotas é que elas têm suas próprias leis. Quando alguma obtém um peixe grande, arrasta para a areia, protege o alimento com uma das patas e vai bicando até que o peixe pare de se debater. Mas as outras gaivotas entendem que aquilo é comida demais para uma só. Assim, disfarçadamente, aterrissam e permanecem atrás da primeira, educadamente, aguardando sua vez. Depois vão em ordem, em fila, uma a uma desfrutar do que restou.

Mário Prata – entendia de gaivotas também - fez uma pergunta que também me deixou curiosa: - “Onde moram as gaivotas? Jamais saberemos. De noite elas somem. Onde dormem? Em árvores, em altos galhos? Com os filhos?”

Ainda vou conseguir fazer este vôo especial com esta Gaivota irreverente, mas extremamente simpática. Gaivotas trazem nas fráguas puras fantasias. Fazem-nos rodopiar o sonho, inventar ternura, desenharmos sombras, repetindo depois, outra vez e de novo, pela madrugada, com as asas emprestadas de anjos.
Quase sempre quando pensamos em Gaivotas é claro que lembramos Richard Bach e seu Fernão Capelo Gaivota. É que não existe história melhor que de uma gaivota, que em busca da perfeição em seus vôos é banida do seu grupo. Mas Fernão não se acanha, encontra outros grupos que tem o mesmo objetivo que ele: liberdade, voar sempre cada vez mais alto, mais rápido, mergulhando cada vez mais e tentando suavizar a sua aterrizagem. Fernão Capelo Gaivota é aluno, é professor até que se confronta com o dilema: volta para o seu bando, mostra quanto cresceu, tenta ensinar aos outros ou...
É a evolução das escolhas....Saiba escolher e bom voo.